Hoje foi o dia das crianças do Grupo 5 visitarem a exposição “Fazer o ar”, com obras da artista Iole de Freitas. “Podem chegar mais perto dessa obra.”, convida o arte educador, na entrada do Paço Imperial. “Vocês sabem do que ela é feita?”. “Papel grassini!”, responderam as crianças em coro. “Areia e cola.”, completaram outras duas. “A exposição se chama ‘Fazer o ar’. Vocês sabem por quê?”, perguntou novamente. “Porque tem ar dentro dela. A gente fez no Ateliê!”, disse uma das meninas. Na Creche elas já haviam entrado em contato com imagens das obras, experimentado os materiais e se aproximado da técnica utilizada pela artista, modelando o papel seda e aplicando cola e areia.

A equipe do educativo ao observar que as crianças estavam com todas as informações na cabeça (e na ponta da língua também!), aproveitou para jogar o olhar para a ação da umidade, da força da gravidade e do tempo sobre as esculturas. Os educadores conduziram a observação das crianças para o volume das obras – que foi diminuindo ao longo da temporada – e para algumas dobras descoladas, revelando faces antes ocultas. 

As crianças estabeleceram relações entre as obras da artista e as que fizeram no Ateliê: “Essa aqui tem arame, a que a gente fez não tem.”. “Viu como dá para usar outros materiais também?”, completou o educador, apontando para palha e fios de cobre grossos e finos presentes em algumas delas. 

Na seção de obras em aço inox, novas descobertas: todas levam o mesmo nome. Com a dica de que esse nome era algo do fundo do mar, as crianças quase “mataram a charada”: algas. “Todas as obras em aço inox se chamam ‘Algas’.”, declarou uma das educadoras. “E sabem por quê?”, perguntou o outro educador. Diante da negativa da turma, explicou: “Porque as algas produzem o oxigênio no mar. O oxigênio é o ar que a gente respira. Então, de certa forma, elas também fazem o ar. E isso dialoga com o nome da própria exposição ‘Fazer o ar’”. As crianças ouviram atentamente e um dos meninos afirmou: “A gente também faz o ar.”. “É. No Ateliê.”, completou outro. “Não. Agora.”, corrigiu o primeiro. “Assim, olha.”, explicou, inspirando e soltando o ar com um sopro. 

Foi uma visita cheia de ricas trocas entre as crianças e a equipe do educativo do Paço Imperial. Vejam como foi! 

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