A arte transforma, liberta, é a forma de expressar sentimentos, emoções, a realidade. Ela facilita os processos de comunicação do indivíduo com o mundo, tem sua potência libertadora e de transformação, seja quando ele produz, seja quando observa e aprecia obras e seus criadores.
Aqui no Jabuti, as crianças estão em constante contato com a Arte, e as produções artísticas e biografias dos artistas, não passam despercebidas por elas.
No Grupo 4, as crianças estão envolvidas com a produção de Mondrian, mas, antes de conhecerem o artista, entraram em contato com os materiais utilizados por ele em suas obras: muitas formas geométricas e coloridas. A proposta foi sensibilizar as crianças e depois apresentar o artista, já que esse caminho possibilita a ampliação dos modos de percepção de sua Arte. As falas diante de algumas obras de Mondrian, que sofreu a influência do Cubismo e trouxe uma reflexão sobre o papel social do material na obra, ação e pensamento, foram as seguintes:
“Parece uma grade”;
“Um quadro”;
“Um labirinto”;
“Uma coisa de quadrado”;
“Uma casa”.
No Grupo 3, a professora Vavá compartilhou com as crianças as criações de outro pintor que teve o Cubismo como forte influência em seus traços e composições: o brasileiro Milton Dacosta. Dacosta, em sua temática, retrata as brincadeiras de infância que foram rapidamente reconhecidas pelo grupo.
Primeiro, Vavá falou um pouco sobre a biografia do artista para a turma e, em seguida, mostrou algumas de suas obras. Conforme eles iam vendo, compartilhavam suas leituras sobre as telas, como por exemplo, a “Vênus”: “acho que ela está com dor de dente”, disse um. “Não. Ela está só está com a mão no queixo”, retrucou o outro. “Ela está pensativa”, afirmou o terceiro.
Eles também comentaram sobre a obra “Menina pulando corda”: “Ela vai ficar toda enrolada na corda!” e “Eu já sei pular corda!”. Outros ainda perceberam duas cordas na tela e disseram “ela está pulando duas cordas!”, referindo-se à linha horizontal na parte inferior da tela.
Após a apresentação das obras, as crianças escolheram as que mais gostaram para fazerem suas releituras. Cada uma realizou sua pintura livremente, utilizando a palheta de cores inspirada nas telas escolhidas. E, assim, é possível observar na sala do grupo um rico repertório de pinturas e desenhos produzidos por elas.
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