Entrar em contato com as maravilhas da cultura nos faz mais sensíveis para lidar com toda diversidade de acontecimentos. O olhar que vê e sente pode transformar e ressignificar a trajetória humana. Temos que nos humanizar mais, nos deixar afetar e nos surpreender como na infância, quando descortinamos várias possibilidades a cada dia. Munidas destes sentimentos as crianças do Grupo 5 foram visitar a exposição imersiva “Van Gogh e seus Contemporâneos”, na última quarta-feira.

A recepção da turma foi feita pelo Educativo do Centro Cultural em frente à obra “Noite estrelada”, uma das mais conhecidas do artista. Diante da tela, as crianças conheceram mais sobre vida e obra do pintor. Na sala de projeções, puderam apreciar um pouco mais de suas obras, como “Os Girassóis”, “Amendoeira em flor”, entre outras. Outra coisa que chamou atenção do Grupo foi a instalação que reproduz o quarto de Van Gogh, retratado na obra “Quarto em Arles”. Por fim, todos visitaram o espaço do educativo e foram convidados para uma atividade artística a partir da interação com cadernos de desenho.

Mas as experiências vividas acerca das obras desse artista intempestivo começaram bem antes do passeio a Casa França Brasil. Vídeos e histórias sobre a vida do pintor circularam muito entre a turma que, inspirada em suas obras e história, vem utilizando giz pastel, tinta, pincéis e palhetas de cores para expressar todo o turbilhão de emoções.

Além das obras, as crianças também têm estado bastante envolvidas com o mundo das palavras e seus significados. O nome da exposição gerou bastante discussão entre elas. Mas, afinal, o que é “contemporâneo”? “Tem a ver com tempo?”, indagaram umas. “É um monte de gente que vive junto ao mesmo tempo?!”, disse outra. Ao ouvirem novamente o nome da exposição – “Van Gogh e seus Contemporâneos” – uma delas falou: “Imagina uma linha do tempo. Aí a gente entra num carro que viaja no tempo e vai para trás. Aí vai chegar no Van Gogh e nos outros pintores. Um monte de gente que viveu ao mesmo tempo só que para trás.” E completou: “Nossa! Fiz umas 20 flexões mentais para pensar isso!”

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